Como ver um quadro? Encontrando histórias nas pinturas.
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Johannes Vermeer
Moça com o Brinco de Pérola
Mauritshuis
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Quando caminho pelos museus percebo que a maioria das pessoas apesar de
demonstrarem interesse por aquilo que estão vendo, mantêm certa distância das
obras. Alguns lêem a placa explicativa, outros comentam se acham bonito ou feio,
outros tentam lembrar o que sabem sobre o pintor, etc. Eu creio que essa
distância que as pessoas têm em relação as obras de arte seja devida em parte,
ao fato de que a arte por muitos anos esteve reservadas às elites intelectuais.
Então, quando estamos em um museu a pergunta que nos vêm imediatamente à mente
é “Mas o que esta obra significa?” – ou seja, levamos as obras diretamente a um
nível intelectual e perdemos o prazer de apenas deleitar nossos olhos nas
imagens bem construídas.
Bom, mas “o que esta obra significa?”, deixem-me esclarecer que uma
pintura pode significar muitas coisas: podemos ter o nível de leitura
iconográfico, que nos conta o tema daquela pintura, se é uma imagem bíblica,
mitológica, etc. Temos a leitura plástica, que consiste em analisar as técnicas
da pintura. Temos a leitura de estilo, que insere aquela obra em determinado
período da historia. Esses são os níveis que eu tento abordar por aqui. Porém hoje, eu gostaria de mostrar um vídeo para vocês.
Nesse vídeo da escritora Tracy Chevalier, ela nos conta como ela se aproxima da Arte e dela tira inspiração das pinturas para escrever seus livros. É interessante de perceber o outro lado da relação com a Arte. O lado que nos libera do que sabemos, ou deveríamos saber, sobre uma obra de arte. O lado que nos deixa livres para imaginar o que quisermos. Pois a grande verdade é que cada um se aproxima da arte da sua própria maneira.
Nesse vídeo da escritora Tracy Chevalier, ela nos conta como ela se aproxima da Arte e dela tira inspiração das pinturas para escrever seus livros. É interessante de perceber o outro lado da relação com a Arte. O lado que nos libera do que sabemos, ou deveríamos saber, sobre uma obra de arte. O lado que nos deixa livres para imaginar o que quisermos. Pois a grande verdade é que cada um se aproxima da arte da sua própria maneira.
E é isso que eu gostaria de deixar claro para vocês: Não existe um jeito
certo ou errado de se aproximar de uma obra de arte. O que realmente importa é
o impacto que aquela obra teve sobre você, o que ela te acrescentou. A arte
pode falar com cada um de nós, de uma maneira específica, pois cada um de nós é
constituído de interesses particulares, e essa é uma das mais belas qualidades
da arte: ser universal.
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